segunda-feira, 30 de junho de 2008

Langkawi Geopark, Malaysia


Langkawi GeoparkLangkawi Geopark is Malaysia’s first geopark and is located in the far northern corner of peninsular Malaysia. Located in northern State of Kedah, it is unique in the sense that it was formed on 99 islands that made up the legendary Langkawi Archipelago.
The total land area of Langkawi geopark is about 478km².


Langkawi has been dubbed as the birthplace or fetus land of region. The various natural landscapes of Langkawi reflects the island’s geodiversity and its complex geological history. It has the best-exposed and most complete Palaeozoic sedimentary sequence in Malaysia beginning from Cambrian to the Permian period. Later during the Mesozoic, the islands underwent a major tectonic event that resulted in the emplacement of its numerous granitic igneous bodies. This incredible power generated by nature from the deep mantle beneath the earth has driven up huge blocks of order rocks and somehow placed them above a very much younger terrain.


In Langkawi’s geological history, much of its geological development were linked to what had happened in the old supercontinent Pangea and southern hemispheric Gondwanaland since more than 550 million years ago. It started in the deposition of Machinchang sandstone in a lacustrine environment during much of the Cambrian time, followed by the submergence of the land during late Cambrian time (~500m.y) which allowed the invasion of shallow marine fauna into the proto-Langkawi sea. The continuous subsidence of the sea floor resulted in the formation of thick limestone of Setul Formation during the Ordovician. At the end of Ordovician time (~440m.y), the sea become to deep to eventually stop the limestone deposition temporarily.

Setul limestone continued to develop during Silurian until the Middle Devonian (~370m.y), followed by the deposition of sandstone and mudstone which sometimes are related to the rafted ice due to the global melting of Gondwana ice cap.

The dropstone bearing black sandstone and mudstone of Singa Formation during the Early Permian (~280m.y) before the sea was slowly brought up by a complicated tectonic process.
The Chuping limestone is believed to have stopped depositing before the end of Permian (~245m.y) by this tectonic event that among others brought up a large block of earth crust in the eastern part of Langkawi overlapping the much younger block in the west. The tectonic event ended up with the emplacement of granite beneath Langkawi’s crust at the end of Triassic (~220m.y).

What we have in Langkawi today is a combined result of these various processes and the prolonged that took place ever since the Langkawi land was brought to the surface around 220 milion years ago. As a result, we have a beautiful mountainous range of Machinchang sanstone at the northwestern corner of Langkawi island, the conical Gunung Raya granite at the center and arugged karst terrain of Setul Limestone in the eastern part of Langkawi.

In the southwest of Langkawi islands, the Singa formation dominated while the Chuping Limestone dominates the western part of Dayang Bunting Island. Some of the landcapes a truly outstanding, particularly those of the Machinchang and the karstic limestone in the eastern part of Langkawi.

Based on its outstanding geological landscape, geological history and various other geological features such as sedimentary structures, fossil and erosional features, Langkawi Geopark certainly is the best geopark in the region. Langkawi’s rich geological heritage are mainly protected under the jurisdiction of the Permanent Forest Reserve Recreational Forest or geoforest Park managed by Forestry Department.

It is accessible by sea from Kuala perlis, Kuala Kedah and Penang or by air from Kuala Lumpur, Penang, Singapore and Bangkok.

4th International Geopark Conference on Geoparks 2010 in Langkawi, Malasya


Langkawi, the first Geopark in Malaysia is looking forward to hosting the next 4th International Geopark Conference in June 2010 after beating two other countries to the job.

Langkawi Development Authority general manager Datuk Kamarulzaman Abdul Ghani, conveyed the news from Osnabruck, Germany, these days."Langkawi Geopark has won the bid against Araripe Geopark in Brazil and Lesvos Petrified Forest Geopark in Greece," Kamarulzaman said.

More informations in http://www.langkawigeopark.com.my/ Seven Wells Photografies by CHAN KIN ONN http://www.photomalaysia.com/forums/showthread.php?t=31509

sábado, 28 de junho de 2008

Fontes de água, na APA ARARIPE, serão retomadas para garantir fluxo hídrico


Um grupo de trabalho formado por representantes da Área de Proteção Ambiental do Araripe, Prefeitura Municipal do Crato, Companhia de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Salgado e Superintendência Estadual do Meio Ambiente indicou as 79 fontes que serão desapropriadas com o objetivo de facilitar a distribuição das águas para as comunidades do sopé da Chapada do Araripe.

A iniciativa atende ao cumprimento da primeira cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta, assinado no dia 28 de maio, depois de uma reunião realizada no Teatro Salviano Arraes, com a presença de dirigentes de órgãos ligados ao meio ambiente e proprietários dos terrenos onde estão localizadas as fontes, sob a presidência do promotor de Justiça do Crato, Elder Ximenes Filho.

O próximo passo, de acordo com o documento, será a retirada dos canos da boca das fontes, que estão conduzindo água para as mansões e clubes situados na parte baixa da serra. Já foi construída uma caixa d’água, ao lado da fonte da Batateira, que fará a distribuição racional dos pontos de nascentes.

O objetivo, segundo o projeto, é facilitar o acesso da comunidade às fontes de água perene que, até hoje, estão sendo exploradas exclusivamente pelos proprietários da terra como um bem particular.“A água, segundo os ambientalistas, é um bem fundamental para a vida. Sem água não há vida. É um bem comum, que não pode nem deve ser privatizado”. Com base nestes argumentos, todas as nascentes do Crato serão desapropriadas. A decisão será extensiva a outros municípios do Cariri, cujas fontes estão privatizadas.

Matéria de hoje, 28/06/ 2008, do Caderno Regional, do jornal, Diário do Nordeste. Reproduzida por este blogspot para efeito de divulgação.

Imagem de uma das fontes do Parque Municipal do Riacho do Meio, em Barbalha, classificado como Geotope Arajara. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados,

A situação do Sítio Fundão, no Crato, continua indefinida


Continua indefinida a situação do Sítio Fundão, no Crato, mesmo depois de uma longa negociação com o Governo do Ceará e avaliação por parte da Procuradoria Geral do Estado (PGE), os herdeiros dos 97 hectares do Sítio Fundão ainda não receberam o pagamento devido referente à compra da área onde será criado o parque estadual do Sítio Fundão.


Por outro lado, o Decreto de criação do futuro parque ainda não foi assinado pelo governador Cid Gomes, apenas o decreto da desapropriação. Sendo uma unidade de proteção integral, o parque terá uso muito restrito, voltado para o turismo, educação ambiental, pesquisa científica e visitação de estudantes.


O roteiro prescrito é que logo que for oficializado, será criado um Conselho Gestor que ficará responsável pela definição das metas a serem cumpridas dentro do parque que é rico em biodiversidades, várias espécies remanescentes de mata atlântica e, dentro da zona urbana do Crato, é a principal área verde que, se bem preservada, vai ajudar na manutenção do clima e as qualidades do meio ambiente local.
O Sítio Fundão também faz parte do Geotope Batateiras do Geopark Araripe que é uma outra ação de preservação ambiental do contexto geológico e paleontológico da Bacia Sedimentar do Araripe. Neste ambito existem também claros compromissos públicos de tranformação desta ação em um Programa Estadual de Governo e consolidação efetiva do parque, já que o próprio Governo do Estado está à frente da realização da 1ª Conferencia Americana dos Geoparks UNESCO, no Crato, em 2009. Imagem do Rio da Batateira, no Sítio Fundão. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Governo determina regras para concessão de florestas públicas


Florestas públicas destinadas à concessão privada para exploração sustentável não poderão passar das divisas entre Estados nem abranger mais do que um ecossistema, determina uma instrução normativa do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A determinação foi publicada nesta qiunta-feira, 26, no Diário Oficial da União (DOU). Conforme a instrução, as licenças terão de ser pedidas ao Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A concessão de florestas faz parte do plano estratégico de preservação da floresta amazônica. Já estão em fase de licitação três áreas em Rondônia, pertencentes à Floresta Nacional do Jamari. Esta floresta tem 220 mil hectares. Destes, 96 mil estão sendo licitados. A área está dividida em três lotes de 17 mil, 33 mil e 46 mil ha. As empresas que vencerem a licitação terão prazo de 40 anos para retirar madeiras nobres e praticar atividades extrativistas no local, desde que de forma sustentável, sem degradar o meio ambiente.

O Ministro Carlos Minc anunciou nesta qiunta a assinatura de um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento de pequenos e médios pecuaristas da Amazônia que fornecem matéria-prima a grandes frigoríficos. Os créditos serão subsidiados para que possam financiar projetos de modernização e regularização da produção. Os pecuaristas terão de provar que criam o gado em áreas legais.

Matéria publicada pelo Diario do Nordeste, com a data de ontem, 26/06/2008. Reproduzida por este blogspot para efeito de divulgação. Imagem de desmatamento do blog do Planeta. Direitos autorais reservados.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Rede Ibero-americana de Geoparks pode estimular o turismo científico e de contemplação da natureza no Ceará



A participação da delegação do Governo do Estado na 3ª Conferência Internacional de Geoparks, em Osnabrück, na Alemanha, pode resultar na formação de uma rede ibero-americana de Geoparks. A partir dos contatos feitos durante o evento, a proposta apresentada pela delegação cearense, agradou aos representantes dos geoparks de Portugal e da Espanha. A formação da rede irá contribuir para o surgimento de outros geoparks nas americas e fortalecer a rede global de geoparks, além de difundir o geoturismo no estado.

O geoturismo é um conceito novo de turismo de natureza, relacionado à criação dos geoparks, que surge com a intenção de divulgar o patrimônio geológico, bem como possibilitar a sua conservação. Os geoparks estão inseridos neste contexto por serem equipamentos que buscam integrar o patrimônio natural ao patrimonio cultural.

No Ceará, na região do Cariri, está situado o Geopark Araripe, o único reconhecido pela Unesco nas Américas e no Hemisfério Sul. O geopark, que tem uma área de cerca de 5.000 km², é formado por nove geotopes, que são unidades de conservação definidas pela sua relevância geológica e paleontológica. Eles estão divididos nos municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

A estruturação do Geopark Araripe é parte integrante do Projeto Cidades do Ceará, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria das Cidades, com financiamento do Banco Mundial. O projeto visa constituir um pólo estratégico de desenvolvimento na região do Cariri Central, através do fortalecimento dos setores do turismo e produção de calçados, identificados como estratégicos para a região. Para isso serão investidos US$ 65 milhões, em ações de infra-estrutura; inovação e apoio aos setores produtivos e fortalecimento das gestões municipais na região.

Informações da Secretaria das Cidades/ Estado do Ceará. Imagem da Universität Osnabrück/ West Westfalia/ Alemanha. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de José Sales. Direitos autorais reservados.

Brasil vai sediar a 1ª Conferencia dos Geoparks das Américas


O Geopark Araripe, representando o Brasil, vai sediar a 1ª Conferencia dos Geoparks das Américas , por decisão do Conselho Global dos Geoparks, em Osnabrück. Tal decisão conta com o apoio da UNESCO. A Conferencia Mundial do Geoparks, por sua vez, será na Malasia.Agora então é hora de "arregaçar as mangas" e iniciar o trabalho.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Hoje em Osnabrück foi o dia do Brasil


Hoje em Osnabrück, na Alemanha, no Centro de Convenções local, foi o dia do Brazil. Houve a apresentação da proposta do Geopark da Serra da Bodoquena e Pantanal: "A proposal Geopark in the most important touristic area of Brazil". E em seguida foi feita também a apresentação do trabalho do Prof. André Herzog Cardoso e equipe: "New progams, recent progress and the implication for the establishment of further Geoparks in Brazil". Imagem do Stadhalle Osnabrück.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A proposta do Geopark Araripe tem apoio do Gabinete do Presidente da Republica e do Banco Mundial


A proposta do Estado do Ceará, apresentada pelo Geopark Araripe UNESCO, de sediar a proxima Conferência Global dos Geoparks UNESCO, foi realizada pelo proprio Gabinete do Governador do Estado Cid Gomes, através de ação das Secretarias das Cidades, Turismo, Ciencia e Tecnologia e tem também o apoio do Gabinete do Presidente da Republica e do Banco Mundial.

A comitiva oficial do Estado do Ceará tem a presença do Vice Governador Francisco Pinheiro, Secretários Joaquim Cartaxo e Osterne Feitosa, Superintendente SEMACE Herbert Rocha, Profª Monica Amorim/ Banco Mundial e Arquiteta Emanuela Feitosa/ Secretaria das Cidades. Estão representando o Projeto Geopark Araripe UNESCO, o Prof. João de Aquino Limaverde e Prof. José Sales/ UFC, como consultor senior. Representa a URCA/ Universidade Regional do Cariri, o Prof. Titus Riedel. Os professores André Herzog/ URCA e Alexandre Feitosa Sales URCA são presencas registradas.

Na Feira dos Geoparks UNESCO realizada no Market Place de Osnabrück foi lancado o primeiro Caderno do Geopark Araripe, que trata -se de uma referencia sobre o mesmo e sua conceituação, para credenciamento junto a UNESCO, na Conferencia anterior, na Irlanda.

Foi iniciada a Conferencia Mundial dos Geoparks UNESCO em Osnabrück


Foi iniciada ontem, no Centro de Convenções de Osnabrück, na Alemanha, a Conferencia Mundial do Geoparks. O Geopark Araripe, com uma grande delegação de mais de 10 pessoas, apresentou proposta de sediar o proximo encontro. Duas candidaturas a credenciamento da UNESCO estão sendo apresentadas pelo Brasil: do Geopark Serra da Bodoquena e Pantanal, no Mato Grosso do Sul e Geopark Campos Gerais do Paraná. Outras situações estao em estudo no Vale da Ribeira, Vale do Tiete e Quadrilátero Ferrifero de Minas Gerais. Este blogspot, através da presença do Prof. José Sales, participa também deste encontro internacional.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sobre a proposição do cercamento ao Parque do Cocó, em Fortaleza


Caro Jornalista Fabio Campos Uma das maiores alucinações urbanísticas, dos últimos tempos, sem sombra de dúvida será esta proposta de supercerca de aço, com três metros de altura, em volta do Parque do Cocó, como se isto fosse resolver todos problemas de proteção e preservação do ecossistema ambiental e de segurança do usuário.


Enquanto isto, com cerca e tudo, parte do esgotamento sanitário da vizinhança tem como local de destinação o rio, o lixo o entulho também tem ali seu local de depósito, as carvoarias que transformam em lenha o mangue permanecem, assim como as ocupações indevidas e irregulares se consolidarão, tanto da parte da especulação imobiliária como das invasões consentidas e "autorizadas".


E os usuários, que serão bem poucos, se constrangirão a não usar o parque, em suas partes, pois estar dentro de uma cerca é aparentemente ser mais vulnerável a ataques, pois não existem áreas de escape.


E do jeito que as proposições são colocadas, como se as mesmas fossem o suprasumo da concepção urbanística contemprânea, não seria de admirar que logo mais surgisse uma de cerca para a nossa orla marítima de 34 quilometros, com acesso restrito, unicamente, a quem se dispuser a comprar o cartão de "Associado da Beira Mar de Fortaleza", que seria uma concessão concedida à semelhança de uma PPP/ Parceria Público Privada.

Será que esta proposição poderia ser proposta ao Aterro do Flamendo, no Rio de Janeiro, à Floresta da Tijuca também no Rio de Janeiro. E em Brasília como a mesma seria aplicada: todas as superquadras seriam completamente vedadas e com suas entradas controladas.

Cordialmente José Sales

Carta ao Jornalista Fábio Campos, endereçada pelo coordenador de nosso blogspot: Professor/ Arquiteto José Sales, em 19/06/2008. Para informação o Parque do Cocó tem 1.312 hectares e pela revisão de seus limites terá mais 266 hectares aproximadamente.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

3ª Conferencia Internacional sobre os Geoparks UNESCO

Começa no próximo sábado a 1ª Feira Internacional da Rede Geoparks e no domingo tem abertura do 3º Congresso sobre o mesmo tema, em Osnabrück, na Alemanha. Está indo uma delegação imensa do Estado do Ceará - Vice Governador/ Secretário das Cidade/ Secretário Adjunto do Turismo/ Técnicos/ Coordenador do Geopark(Prof. João de Aquino Lima Verde)/ Representante URCA(Prof. Titus Riedel) e do projeto(Professor/ Arquiteto José Sales e Arquiteta Larissa Menescal), todos representando o Geopark Araripe, para participar da Feira e no Congresso, na tentativa de trazer o 4º Congresso em 2010 para o Ceará, para o Crato, onde está a sede do Geopark Araripe.

Estaremos lá presentes com o lançamento do Cadernos Geopark Araripe ¹/ Studies Araripe Geopark¹ que mostra este impressionante contexto fisiográfico que é a Bacia Sedimentar do Araripe onde está o Vale do Cariri. Edição José Sales/ Design Gráfico Henrique Baima/ Textos Veronica Prado/ Fotografias Daniel Roman.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Osnabrück, capital of the Global Geopark TERRA.Vita


For the first time, the International Conference on Geoparks - The 3rd International UNESCO-Conference on Geoparks - will be held in the heart of a Global Geopark in 2008. Osnabrück, capital of the Global Geopark TERRA.vita. In Market Place Osnabrück, in the heart of the city. Reproduction of image only for dissemination of the event. Copyright.

Delegação do Estado do Ceará segue para o Conferencia Mundial dos Geoparks UNESCO



Delegação oficial do Estado do Ceará, chefiada pelo Vice Governador Francisco José Pinheiro segue para o Conferencia Mundial do Geoparks UNESCO - The 3rd International UNESCO-Conference on Geoparks -em Osnabrück, na Alemanha, com desafio de defender a candidatura do Estado do Ceará a sediar o encontro de 2010, no Crato, no Cariri, no Sul do Ceará, onde está localizado o Geopark Araripe.


Subsidia a proposição um conjunto de informações entre as quais a publicação Cadernos Geopark Araripe ¹, um resumo do que o nosso geoparque, em consolidação no Sul do Estado do Ceará desde 2006, que segundo consta terá o apoio de fomento e financiamento do Banco Internacional de Recursos para o Desenvolvimento/ Banco Mundial.

Imagem de fonte no Parque Municipal do Riacho do Meio, em Barbalha, componente do Geopark Araripe, sob denominação de Geotope Arajara. Arquivo de Imagens Ibi Tu. Fotografia de Daniel Roman, Direitos Autorais Reservados.

Matusalém e a Via Campesina

  • Um artigo excelente artigo da Jornalista Atenéia Feijó, publicado no Blog do Noblat, em 16/Junho/ 2008. Reproduzido unicamente para divulgação. Direitos autorais reservados.

Cientistas israelenses conseguiram fazer germinar uma semente de 2 mil anos e ressuscitaram, assim, uma palmeira extinta. Assombroso.

Esta notícia me remeteu à Via Campesina. Um movimento internacional que coordena organizações de pequenos e médios agricultores, trabalhadores rurais, comunidades indígenas e negras das Américas, África, Ásia e Europa. Graças à globalização da mídia, o movimento tem tido bastante visibilidade no Brasil. Junto do MST.

Em sua cartilha, a Via Campesina proclama-se responsável pela biodiversidade da agricultura na Terra. E, a partir daí, dita ideologias e normas de vida para o mundo inteiro. Condena e parte alucinadamente para a destruição de pesquisas e qualquer coisa resultante da biotecnologia. Semana passada, programou um de seus ataques em Pernambuco. Camponeses armados de foices invadiram os laboratórios da Estação Experimental de Cana-de-Açúcar do Carpina, onde exterminaram experimentos científicos. A estação é mantida pela Rede Inter Universitária para Desenvolvimento do Setor Sucro Alcooleiro, a Ridesa.

Reconhecida internacionalmente, a Ridesa desenvolve, anualmente, dois milhões de plântulas (embriões) através de hibridizações planejadas. Seu banco de germoplasma contém milhares de espécies genéticas diferentes de cana-de-açúcar do planeta inteiro. Outra coisa, a pesquisa possibilita o estudo de plantio de cana juntamente com outros cultivos. Por exemplo: feijão e arroz. O que minimiza a preocupação com o etanol virar concorrente da nossa comida.
Odeio ditaduras, terrorismo, tortura, racismo, assassinatos, escravidão e pedofilia. Participei muito de protestos e de reivindicações sociais. Sem vandalismo. Dito isto, de volta à Via Campesina. Sou inteiramente a favor dos pequenos e médios agricultores de quaisquer etnias e nacionalidades. Reconheço suas necessidades básicas, entre elas, a educação. O planejamento familiar, também. E por uma razão natural: crescimento demográfico descontrolado acontece em progressão geométrica. Quer dizer, sem controle nunca haverá terra que chegue.
Creio que ainda há espaço para florestas, agriculturas tradicionais e agronegócios se desenvolverem e coexistirem. Ah, sim... ia me esquecendo. Longe da Via Campesina, a palmeira ressuscitada por cientistas foi batizada de Matusalém.

Atenéia Feijó é jornalista e mora no Rio, onde trabalhou no Jornal do Brasil, nas revistas Manchete, Geográfica Universal, Fatos e Fotos, Cláudia e Marie Claire. Embrenhou-se muitas vezes pelos confins deste Brasil, numa época em que não existia telefone celular. Volta e meia sumia na Amazônia de onde voltava com grandes reportagens. É carioca, escritora e avó de Júlia.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O apagão florestal brasileiro


O Brasil é o único grande país do mundo a usar a lenha como fonte importante de energia. Como sair deste atraso secular? Em 1972, o Brasil tinha a lenha como 32% e sua matriz energética. Em 1990, este percentual ainda era de 17%. Na última avaliação, feita em 2007, o patamar ainda em se situa em 11%, sem que o Governo tome qualquer providencia contra este crime ambiental e social legalizado. Imagem de situação devastada na Amazonia legal. Madeira retirada para biomassa.

domingo, 15 de junho de 2008

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos

O PGIRSU/ Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos deve ser elaborado por um grupo de trabalho e detalhar as formas de implantação do aterro sanitário.

O Plano é um documento formado a partir de normas estabelecidas pelo SISNAMA/ Sistema Nacional de Meio Ambiente, através do FNMA/ Fundo Nacional do Meio Ambiente e tem em sua composição um por diagnóstico e proposições, estabelecendo diretrizes para a elaboração das políticas municipais de gerenciamento de resíduos.

A Lei Estadual de Resíduos Sólidos, Nº 13.103, de 24 de janeiro de 2001, dispõe sobre a política de resíduos sólidos no Estado do Ceará. A Lei Estadual Nº 14.023, de dezembro de 2007, dispõe que 25% da arrecadação do ICMS estadual será destinado às áreas da educação (18%), saúde (5%) e meio ambiente (2%).

Os municípios com licença de operação válida para aterros sanitários no Estado são apenas seis: Caucaia, Sobral, Aquiraz, Maracanaú, Pacatuba e Horizonte. Existem ainda 43 processos de licenciamento de aterro sanitário à espera de parecer na Semace.

Municípios do Ceará tem que entregar Plano de Resíduos Sólidos até o fim deste mês.


Os Municípios do Estado do Ceará têm até o dia 30 deste mês para entregar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU) à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), para o recebimento da parcela referente ao Índice de Qualidade Municipal do Meio Ambiente (IQMMA).


O índice equivale a 2% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), cuja distribuição visa à implantação de aterros sanitários nos municípios que ainda utilizam lixões. Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi o único município que entregou o plano até agora. No Ceará, seis municípios possuem aterros sanitários, que beneficiam outras cinco cidades.


Esses municípios também devem apresentar o plano à Semace. A informação é do titular do órgão, Herbert de Vasconcelos Rocha. "A maioria dos municípios não têm aterro e a idéia é que, no fim de três anos, os municípios tenham o destino final adequado para os resíduos sólidos, evitando os prejuízos ambientais provocados pelos lixões", destacou. Entre os prejuízos: foco de doenças, poluição dos solos, poluição dos recursos hídricos e emissão de gás metano, "que é 25 vezes mais potente que o CO2 na contribuição do efeito estufa", disse.


Matéria especial do Jornal O POVO, elaborada pela Jornalista Érica Azevedo, publicada neste Domingo, 15/06/2008. Ilustração com imagem do Fotógrafo Evilazio Bezerra. Reprodução parcial da matéria e imagem unicamente com objetivos de divulgação. Direitos autorais preservados.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

PDM CRATO


O PDM CRATO/ Plano Diretor Municipal do Crato está sendo desenvolvido com apoio do Ministério das Cidades e CEF/ Caixa Economica Federal, de acordo com o PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO URBANA para Apoio à implementação dos instrumentos do Estatuto da Cidade e à elaboração de Planos Diretores Municipais, através de um Convenio de Cooperação entre a PMC/ Prefeitura Municipal do Crato e URCA/ Universidade Regional do Cariri com interveniencia da FUNDETEC/ Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico do Cariri e apoio operacional de PPAU/ Projetos e Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo S/C Ltda.

CONDEMA CRATO propõe que o Meio Ambiente seja fator determinístico na composição no Plano Diretor


O CONDEMA/ Conselho de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Município do Crato reunido em sessão ordinária no dia de ontem, 12/06/2008, no Crato, para avaliar o andamento dos trabalhos de revisão do PDDU CRATO e formatação do novo Plano Diretor Municipal - PDM CRATO - indicou através de consenso entre os conselheiros que os trabalhos afetos a este tema levem em conta como fator determinístico a questão do Meio Ambiente, com destaque para a FLONA/ FLORESTA NACIONAL DO ARARIPE e APA CHAPADA DO ARARIPE que a protege. Tendo em conta que o avanço da urbanização na sede urbana do Crato está ameaçando este que um dos principais tesouros ambientais da região do Cariri e Bacia Sedimentar do Araripe.

Por conta desta sugestão será feita uma avaliação da metodologia proposta em desenvolvimento e uma nova sugestão de encaminhamento de forma que o PDM CRATO se apresente como o primeiro plano diretor de todo o Brasil que leva em conta a questão da proteção e preservação do ambiente como fator de desenvolvimento sustentável.
Imagem da escarpa da Chapada do Araripe e consequentemente da Floresta Nacional do Araripe, em cotas acima de 850 mts de altitude. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

terça-feira, 10 de junho de 2008


O GEOPARK ARARIPE, em consolidação na porção cearense da Bacia do Araripe, um dos principais sítios do Período Cretáceo da Terra. A região é especial pelos achados geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos, em excepcional estado de preservação e diversidade.


No Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo, mais de 20 ordens diferentes de insetos e única notação da interação inseto-planta. Há similares destas mesmas espécies na África, indício de quando os continentes foram um só, na época do continente primaz Gondwanna.


A proposta pretende a preservação dos locais principais, transformados em sítios de visitação e pesquisa compondo uma rede de 9 parques da natureza de preservação restrita ou Geotopes, com registros documentais considerados imprescindíveis à compreensão da origem, evolução e atual estrutura da Terra e da vida.Localizados nos municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha Todos os locais são representativos de estratos geológicos e tem formações fossilíferas.
Imagem de seção de tronco de conífera fossilizado, com idade aproximada de 110 milhões de anos, encontrado na Floresta Fóssil de Missão Velha, no Geotope Missão Velha. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Balancete da Semana do Meio Ambiente no Estado do Ceará

O balancete da Semana do Meio Ambiente no Estado do Ceará nada registra. Como sempre, só se registrou o plantio simbólico de algumas mudas, por dedidicação de alguns abnegados. Tanto o CONPAM/ Conselho Estadual de Políticas do Meio Ambiente e como a SEMACE/ Superintendencia do Meio Ambiente do Estado do Ceará, ambos representando o Governo de Estado do Ceará, nem uma simples nota colocaram nos jornais quanto a data.

domingo, 8 de junho de 2008

Rios pedem socorro na Região Metropolitana de Fortaleza


Uma bela e completa matéria da Jornalista Yanna Guimarães da Redação do Jornal o POVO, no Caderno Ciencia e Sáude, da Semana do Meio Ambiente, traz à discussão sobre como os rios mudaram de papel ao longo dos anos com o crescimento desordenado das cidades. Eles auxiliam o equilíbrio ambiental. Mas estão sendo sufocados pela poluição e ocupação das margens. A boa notícia é que esse quadro ainda pode ser revertido.

Está nos livros de história. O início da grande maioria das cidades se dá bem próximo a algum rio. Isso porque ele proporcionava locomoção, defesa em caso de guerras, água potável e comida. Além de diversão e lazer. Proporcionava. Com o crescimento acelerado e descontrolado das cidades, principalmente das metrópoles, os rios deixaram de ser fonte de vida para virarem depósitos de lixo. E isso não é privilégio de locais mais pobres. O problema ocorreu tanto em rios famosos como o Tâmisa, em Londres, e o Sena, em Paris, como no rio Tietê, em São Paulo. E os rios de Fortaleza não ficam atrás, também estão sofrendo as conseqüências da poluição.
Foi às margens do riacho Pajeú que tudo começou oficialmente. Lá, Fortaleza se desenvolveu a partir do primeiro forte definitivo, o Schoonenborch, fundado pelos holandeses em 1649. "Cinco anos depois, o forte foi retomado pelos portugueses, que o rebatizaram de Nossa Senhora da Assunção", descreve o professor de História Paulo Humberto Garcia. Mais de 350 anos se passaram. Hoje, pouco se vê do riacho Pajeú. Com cerca de cinco quilômetros de extensão, está praticamente imperceptível para a cidade. Suas nascentes estão aterradas para a implantação de edifícios. Ficam abaixo das ruas Silva Paulet, José Vilar e Bárbara de Alencar. Corre em galerias e canais, com apenas pequenos trechos em leito natural, a maioria em terrenos com acesso restrito.
Além do riacho Pajeú, lembrado bem por Luiz Gonzaga na música Riacho do Navio, pela cidade passam outros dois riachos, o Jacarecanga e o Maceió. Mas é a situação dos quatro grandes rios de Fortaleza que preocupa ambientalistas e geógrafos. O Cocó, o Ceará, o Maranguapinho e o Pacoti estão pedindo ajuda. Isso é demonstrado pelo desaparecimento de algumas espécies de peixes e aves, relatados por quem vive e depende desses rios.

O geógrafo Lutiane Almeida, que está escrevendo sua tese de doutorado sobre os rios urbanos, afirma que os principais problemas são a forte incidência de lançamento de esgotos sem tratamento e efluentes industriais, grande acúmulo de lixo e ocupação desordenada das margens. "Tudo isso causa a degradação da qualidade da água e destrói a mata ciliar. Além disso, o lixo causa o assoreamento do rio. Ele vai ficando mais raso". Ele explica que o rio funciona como canal de escoamento da cidade. Quando ele não cumpre seu papel por causa desses impedimentos, ocorrem as inundações. "Destruir os rios é como dar um tiro no pé", conclui. Outro problema que vem com essas ações é o aumento da temperatura.
Para o professor de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Sales, que participou do Inventário Ambiental de Fortaleza, realizado em 2003, as pessoas sempre entenderam o rio como fonte de água, de sobrevivência. "A questão é que, nos últimos 40 anos, a população urbana mais do que duplicou. E somente nos últimos 20 anos surgiu o interesse pela preservação ambiental". Para se ter uma idéia, esses quatro rios têm capacidade suficiente para abastecer toda a Capital, como era feito no início da fundação da cidade. Mas o alto índice de poluição não permite mais isso. A água que abastece Fortaleza vem do sistema hídrico formado pelos açudes Pacoti/Riachão, Gavião e Pacajus.


Se é possível reverter esse quadro? Sim, mas somente com muito dinheiro esses rios poderão voltar a ser fonte de água para a população. Segundo os ambientalistas, talvez não compense mais. Uma saída é mudar o cenário nos arredores desses rios. Transformá-los em espaços públicos para o uso comum. Deixar de jogar lixo, impedir que as grandes indústrias os poluam e transferir a população ribeirinha para outro local já podem trazer grandes resultados. Mas tudo só começa com a conscientização de todos.

Da nossa parte agradecemos a atenção, por termos podido colaborar na montagem da matéria. Imagem da capa do Jornal O POVO, deste domingo, dia 08/06/ 2008. Reproduzida unicamente para divulgação.

sábado, 7 de junho de 2008

Fotografias de Adriano Gambarini


Referencia publicada no site O ECO http://arruda.rits.org.br/oeco/ Agencia de Notícias Ambiental sobre o trabalho realizado nos Rios Juruena, Teles Pires e Tapajós. E sobre as fotografias de Adriano Gambarini. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente: o que temos a comemorar no Estado do Ceará, neste dia?

Muito pouca coisa. Somos um Estado inteiramente inserido no Semi Árido do Nordeste brasileiro. Nossas reservas ambientais e ecossistemas são limitados. Nossa história de ocupação de nosso território e caracterizada ela predação de nossos recursos naturais e modelagens de apropriação erradas.

E mesmo assim nossas políticas públicas são fragilíssimas. A presença institucional em vez de se transformar em algo mais presente e mais sólida, se transmuta a cada dia em uma situação virtual. Organismos e situações mais atuantes em passado recente, como a SEMACE/ Superintendencia do Meio Ambiente do Estado do Ceará passam a ser simples controles de licenciamento de instalações antropicas.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Poeira à vista no Complexo Industrial Portuário do Pecém ³


Outro entrave que deveria ter brecado a permissão para o início das obras da usina diz respeito à visão macro econômica do projeto. De acordo com Tozzi, é preciso inserir a planta no contexto da geração de energia nacional, já que o Estado delega funções próprias para o setor privado. “Um exemplo disso é a geração e distribuição de energia elétrica. Para que esses projetos sejam atrativos para o empreendedor, é necessário que haja uma permissão dos órgãos responsáveis para instalar usinas de baixo custo e retorno rápido, como é o caso de uma termoelétrica”, diz.


O carvão, que será importado da Colômbia pela MPX para sua termoelétrica de Pecém, é o mais barato do mundo. O próprio site da empresa de Eike Batista mostra que uma tonelada de carvão colombiano custa em torno de 24 dólares. Hoje, o barril de petróleo já ultrapassou a casa dos 120 dólares. Com custo baixo, prazo de obras que variam de 36 a 48 meses e pequena necessidade de funcionários (80, nesta usina em questão), a alternativa é um prato cheio para empresários e uma tragédia para o meio ambiente.


Exatamente o que diz um trecho do próprio EIA do empreendimento, citado na ação civil pública redigida pela Defensoria Pública do estado do Ceará: “a MPX Mineração e Energia Ltda. buscou a construção de uma usina termelétrica de baixo custo de instalação que pode ser instalada rapidamente”.


Além dos potenciais danos aos ecossistemas da região de São Gonçalo do Amarante, a termoelétrica ganha em proporção ao se juntar com as outras fábricas do Complexo Industrial Portuário de Pecém. Até agora, além do porto, há uma termoelétrica da empresa Endesa pronta e movida a gás natural momentaneamente parada, uma filial da firma de energia eólica Wobben, um gasoduto semi-finalizado, uma empresa de ração em construção e o terreno desmatado de uma siderúrgica que ainda não aportou em terras cearenses. Fora isso, são esperadas outras usinas movidas a carvão, uma refinaria e diversas indústrias de base.


Preocupado com esta transformação de uma área repleta de dunas e potencial eco-turístico em um grande complexo industrial, o Banco Mundial enviou recursos para o governo estadual há cerca de dez anos com um pedido: pensar em alternativas para descentralizar o impacto do complexo. Foi quando entrou em ação o arquiteto José Sales, que conversou com a reportagem de O Eco em seu escritório em Fortaleza e contou sobre sua participação no Plano de Estruturação Regional da Área de Influência do CIPP. O complexo havia sido concebido como porto e distritos industriais, esquecendo das conseqüências sobre o entorno, já que esta área tem grande fragilidade ambiental por ser uma planície litorânea e um cordão de dunas móveis e fixas”, explica.
O trabalho visava, justamente, mitigar os potenciais impactos ambientais do local. “Da nossa parte insistimos que o macro-risco era o "Efeito Cubatão": a concentração de matrizes industriais seria de tal monta que levaria a ações em cadeia não controláveis, na medida em que a avaliação de um empreendimento era analisada por si só e não "in totum" ou conjunto deles: uma "salada industrial" em uma area de expansão do turismo litorâneo, com investimentos internacionais, à epoca em negociação e hoje já compromissado”, comenta Sales.
A recomendação para solucionar o imbróglio foi simples: desconcentrar as plantas e criar um cordão ambiental de proteção do entorno, como mostra o mapa ao lado. Uma década depois, a Semace licenciou a termoelétrica da MPX sobre uma bacia hidrográfica que deveria ser protegida. “O órgão ambiental ignorou totalmente as nossas observações em contrário”, diz o arquiteto. Além de estudar somente esta usina, o EIA-Rima sugere a construção de uma piscina de algas para seqüestrar os gases estufas emitidos. Algo irrisório se comprado ao prejuízo ambiental. “Precisaria de um tanque do tamanho do Ceará para neutralizar a emissão de carbono”, finaliza Tozzi.

Poeira à vista no Complexo Industrial Portuário do Pecém ²

Desde o princípio, a idéia de instalar uma usina para gerar energia elétrica a partir do carvão mineral em uma praia a 60 quilômetros de Fortaleza causou polêmica. Em 2006, durante as audiências públicas nas comunidades afetadas pela obra, Tozzi percebeu que a população estava preocupada com a pressão da planta sobre a natureza.

Foi ali que começou a travar árdua batalha com a Semace para conseguir uma cópia do EIA, documento público segundo a legislação brasileira. Apesar de seu caráter consultivo, foram necessários cinco meses de inúmeros pedidos até que o defensor enfim colocasse as mãos nos três pesados livros que trazem a análise ecológica da termoelétrica. Não foi difícil listar uma série de problemas que passaram incólumes pelo crivo do órgão ambiental do estado durante as emissões das licenças prévia e de instalação. “As medidas mitigadoras só fazem menção aos impactos que podem ser minimizados. Não há nenhuma referência, por exemplo, à quantidade de gás carbônico que será emitido pela termoelétrica”, diz o defensor. Falha grave, ainda mais em um empreendimento que vai queimar um dos combustíveis fósseis mais poluentes para o meio ambiente, certo?

Não para a Semace. “Sobre os gases de efeito estufa, notadamente o CO2, não existe ainda legislação internacional, nem nacional, que defina parâmetros de emissão”, avalia Herbert Rocha. Além da omissão em relação ao lançamento de gases estufa na atmosfera, a análise técnica do empreendimento peca ao não estudar as medidas alternativas para gerar energia na região, fato obrigatório segundo as leis nacionais. “O consultor deve trazer alternativas tecnológicas para a usina.

A partir desta análise, o órgão ambiental responsável pode avaliar qual a opção mais viável”, completa o defensor. Apesar desta lacuna, a Semace sequer cogitou pedir mudanças no relatório e concedeu a licença prévia em dezembro de 2006, nove meses após receber o material. A professora do Núcleo Tramas da Universidade Federal do Ceará, Raquel Rigotto, chama a atenção para a possibilidade de chuva ácida, em virtude da alta emissão de dióxido de enxofre. “Dependendo das condições do microclima, ela pode atingir um raio que varia de 80 a 300 quilômetros.

O Ceará tem pouco mais de 500 quilômetros de litoral. Além disso, há um alto índice de lançamento de material particulado pela poeira do carvão que têm altos índices de nocividade para a saúde”, explica. A médica completa seus argumentos contrários à construção da termoelétrica no Pecém ao se referir sobre a cadeia produtiva da planta, que começa na mineração do carvão. A atividade tem grande impacto e pode contaminar uma cidade inteira. “Mas vem o rapaz da empresa e diz que a matéria-prima não vem daqui. Bom, mas esse pensamento é antigo, o impacto não é no Brasil mas é no planeta”, diz. Entre as estruturas físicas afetadas está o suprimento de água para a comunidade de São Gonçalo do Amarante. Segundo Rigotto, os resíduos e efluentes líquidos podem contaminar o lençol freático.

Continuidade da reportagem do O ECO/ Agencia de Notícias Ambiental. http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation. Feita pelo Jornalista Felipe Lobo, enviado especial ao Pecém.

Poeira à vista no Complexo Industrial Portuário do Pecém ¹

A praia de Pecém, no Ceará, apresenta características típicas do litoral nordestino: águas cristalinas e dunas que saltam aos olhos. Mas basta uma rápida visita à pequena vila do município de São Gonçalo do Amarante para perceber a paisagem modificando-se a passos largos. Em vez do movimento da areia carregada pelo vento ou do encontro do mar com o continente, observa-se o grande canteiro de obras do Complexo Industrial Portuário de Pecém (CIPP).

Desde 1996, quando o então governador Tasso Jereissati deu o aval para a construção de um porto na região, a natureza divide seu espaço com toda sorte de empreendimentos. Entre eles está a termoelétrica movida a carvão do grupo MPX Energias S.A., comandado pelo megaempresário Eike Batista, que viu sua licença de instalação ser congelada na última quinta-feira por força de uma liminar da justiça estadual. Preocupado com o impacto da planta no ecossistema de Pecém, o Defensor Público Thiago Tozzi, lotado na comarca da cidade que receberá a edificação, impetrou em abril uma ação civil pública contra o processo de licenciamento feito pela Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace). De acordo com ele, o Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima) feito por uma empresa contratada pela MPX apresentava diversas falhas e, basicamente, defendia o projeto.

“Não é função deste documento proteger o empreendimento em questão, e sim relatar seus impactos e potenciais mitigadores”, avalia o promotor. Com capacidade para gerar 720 MW e estimativa de entrar em funcionamento em janeiro de 2013, a usina será uma das cinco maiores térmicas do país e importará sua matéria-prima da Colômbia. O desembarque está previsto para acontecer no porto de Pecém, uma estrutura gigante com braços que ficam a mais de dois quilômetros da linha da praia. Os maiores navios do mundo podem atracar ali.

Embora já tivesse com a licença de instalação em mãos, a MPX não havia começado as obras até a semana passada, quando o juiz titular da comarca de São Gonçalo do Amarante, José Cavalcanti Junior, conferiu uma liminar em favor da defensoria pública do estado. Agora, será preciso aguardar o julgamento do mérito em primeira instância. A energia a ser gerada pela térmica da MPX foi leiloada em 2007.

Este fato gera ainda maior pressão política para que o projeto siga adiante. Para o superintendente da Semace, Herbert Rocha, o Sistema Nacional Interligado necessita dessa usina. “O empreendimento citado tem como objetivo cobrir a demanda emergencial de energia elétrica, e contribuindo para a regularidade e segurança do funcionamento das unidades de produção dando estabilidade à economia da região, sendo a mesma utilizada em caso de colapso no sistema energético, a nível local ou regional, ou demanda para cobrir as variações no sistema de energia hidroelétrica, o que deverá atenuar os racionamentos e até mesmo riscos de apagão”, justifica.

Enquanto a ação civil pública de Thiago Tozzi corre na justiça para tentar inviabilizar o processo de licenciamento da termoelétrica da MPX, Pecém corre o risco de receber novas plantas movidas a carvão. Também na última quinta-feira, membros do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) do Ceará se reuniram na Semace para votar pela licença prévia de cinco novas usinas, sendo uma delas a gás.

O Procurador da República Alessander Sales, no entanto, conseguiu pedir vistas do processo e a decisão saiu da pauta do dia. Agora, o Ministério Público Federal terá mais um mês para avaliar os EIAs e encontrar argumentos fortes o bastante para convencer o Coema a não permitir a existência dos empreendimentos. O trabalho promete ser difícil. Sobre a usina da MPX que já tem a licença de instalação, Alessander se mostra confiante sobre o julgamento em primeira instância do processo movida pela Defensoria Pública, que ainda não tem data acontecer. Mas já se prepara em caso de derrota. “Enviei o EIA para a 4ª Câmara Técnica do MPF, que tem uma equipe multidisciplinar e vai analisar o estudo minuciosamente. Teremos mais motivos para desqualificar a licença concedida”, informa. Agora, resta aguardar ã decisão da justiça.

Reportagem do O ECO/ Agencia de Notícias Ambiental. http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation Feita pelo Jornalista Felipe Lobo, enviado especial ao Pecém. Reprodução para efeito de divulgação.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Desmatamento na Amazonia atinge 1.132 km² em Abril


O desmatamento continua avançando na Amazônia Legal com grande tendência de aumento na devastação, segundo informou nesta segunda-feira, Gilberto Câmara, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A Amazônia perdeu 1.132 quilômetros quadrados de floresta por corte raso ou degradação progressiva durante o mês de abril, contra uma área de devastação de 145 quilômetros quadrados em março. Mato Grosso foi o maior desmatador segundo dados foram colhidos pelo sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

A área devastada em abril é um pouco menor que a da cidade do Rio de Janeiro, que tem 1.182 quilômetros quadrados. Desse total, 794,1 quilômetros quadrados, ou 70%, foram devastados no estado governado por Blairo Maggi (PR), com quem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tem protagonizado embates públicos. Maggi também foi um dos principais críticos da antecessora de Minc, a Senadora Marina Silva (PT-AC).

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Audiencia Pública, no Crato, debateu as nascentes da Região do Cariri


Esta semana o Crato sediou audiência pública para discutir problemas as nascentes na Região do Cariri. O evento foi promovido pelo promotor de Justiça Elder Ximenes que falou da importância da sociedade saber como cuidar das nascentes e quais providências as autoridades devem realmente tomar. É fundamental esta discussão já que tem gente que se diz dona das nascentes e prejudica comunidades inteiras. O rio Batateiras, por exemplo, é um dos mais prejudicados.
Comentário postado na Coluna CARIRI, do Jornal OPOVO, deste domingo, 01/06/2008.

Da nossa parte entendemos que tanto é necessária a discussão como a presença institucional da União, do Estado do Ceará e dos Municípios, fazendo cumprir a lei e penalizando os abusos cometidos. O caso da Nascente do Batateiras emblemático e se arrasta há anos sem solução. Onde estão o Instituto Chico Mendes, o CONPAM e a Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano do Crato?
Imagem da Nascente do Rio Batateiras, no Município do Crato, que no Geopark Araripe UNESCO tem a denominação de Geotope Batateiras. Banco de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

domingo, 1 de junho de 2008

Fotografia de Theo Allofs


Vale a pena conferir a excelente publicação de Theo Allofs sobre a América do Sul. Publicado pelo Site O ECO. Reprodução para efeito de divulgação. Direitos autorais preservados.

Por uma delimitação imediata e regularização do Geopark Araripe


Muito embora as ações do Governo do Estado do Ceará tenham sido grandemente positivas, quanto a implantação do Geopark Araripe, no Sul do Estado, na Bacia do Araripe, de acordo com as recomendações da UNESCO, muito mais tem que ser feito de imediato.

O primeiro passo deve a delimitação imediata e regularização deste conjunto de parques da natureza no SNUC, para que estas áreas passem a ser efetivamente protegidas. Desde o credenciamento do Geopark Araripe junto a UNESCO que este alerta vem sendo repetido, como um mantra por nossa equipe e está incluido nas recomendações do Plano de Ordenamento e Estruturação do mesmo.
Todas as áreas selecionadas dos Geotopes Arajara(Parque Municipal do Riacho do Meio), Exu(Pontal de Santa Cruz), Batateiras(Nascente de Rio Batateira e Sítio Fundão), Santana(Sitio Canabrava), Ipubi(Mina Chaves), Nova Olinda(Mina Triunfo/ Propriedade particular), Missão Velha(Propriedade particular), Devoniano(Parque Municipal da Cachoeira de Missão Velha) e Granito(Propriedade particular) continuam, como estavam antes, sujeitas à predação permanente antropica. Absolutamente nada garante sua permanencia, proteção e preservação.
Imagem da Floresta Fóssil do Geotope Missão Velha. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

Operação Arco de Fogo.


OPERAÇÃO ARCO DE FOGO
Paragominas, Pará, abril, 2008.
A entrada da marcenaria parecia legal. No fundo, uma picada levava a uma carvoaria. Eram 400 fornos. Apenas 10 licenciados. Estando no local, a dúvida não eram os 390 ilegais, mas os 10 licenciados. Licenciados por que mesmo? A Polícia Federal dava cobertura ao Ibama, cujos terceirizados iam destruindo os fornos. Ao final, parecia que o local havia sido bombardeado. Entre a carvoaria e um fiapo de mata, um campo de soja. A cena foi fotografada por Sérgio Abranches, com câmera Nikon D 70 e lente AF-S Nikkor 24-120 mm.

Publicado no site O ECO.

Novas reservas ambientais

O Parque Nacional do Mapinguari e as reservas extrativistas do Ituxi e do Médio Xingu, anunciadas pelo ministro Carlos Minc na COP9 (Alemanha), têm sinal verde da Casa Civil e serão decretadas até 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. Mapinguari e Ituxi estão na área de influência da rodovia BR-319 (Porto Velho-Manaus), enquanto Médio Xingu comporá o mosaico da Terra do Meio (PA). Outras duas áreas protegidas, uma na Amazônia e outra na Mata Atlântica, poderão ser anunciadas. Tudo depende dos trâmites governistas.

Notícias do blog O ECO.

Por pouco o Brasil não ganha a estatueta Motoserra de Outro

A briga foi acirrada em Bonn, mas o Brasil, nomeado ao prêmio motosserra de ouro durante a COP9, deixou a estatueta para os países do G8, com exclusão da Alemanha. O Greenpeace resolveu entregar o prêmio aos países mais ricos do mundo porque eles não se esforçaram para alocar mais recursos financeiros na proteção da biodiversidade, na implementação de áreas protegidas e na redução progressiva do desmatamento.